No sábado defrontámos o Oriental, pela terceira vez esta época, tendo somado duas vitórias nos encontros anteriores. O jogo começou com algum nervosismo à mistura. Conseguimos superar a defesa mais recuada do Oriental, com remates certeiros da primeira linha. Com o Diogo Marques a assumir a responsabilidade do jogo, acabando como o melhor marcador do jogo com 11 golos. Fez-se notar a ausência do Eduardo, mas o João Alves soube iluminar o jogo com as suas mudanças de direcção. O rendimento do André Soares tem vindo a subir, com remates mais potentes e com uma visão de jogo invejável.  Ao seu lado, tem estado nos últimos jogos o André Coelho,  que neste jogo foi feliz em dois remates, tendo ainda tentado a sorte por mais uma mão de remates de difícil execução. O Carlos, carimbou neste jogo a sua competência, com exibições discretas mas eficientes, ficou só a faltar um golo.  O Tiago Pires teve um exibição apagada, com erros defensivos aliados à ineficácia na finalização, que colmataram numa substituição para evitar o desgaste mental de um dia menos favorável.  João Nunes, o nosso mega atleta que tem estado ausente em alguns treinos,  foi menos feliz na finalização da ponta que não lhe é favorável, mas do ponto de vista defensivo foi seguro.  Na posição de pivot, o David Godinho tem vindo a lutar por um lugar,  e depois de um jogo em que por opção técnica não demonstrou as suas capacidades, afirmou hoje alguns momentos de emoção na finalização. O trabalho começa a aparecer! No outro lado esteve o Pedro Loureiro, que ainda não se encontrou com os golos. Força não falta, por isso a bola vai entrar. Fica para o próximo jogo.
Na baliza, encontrámos hoje um Leonardo mais confiante com mais treino, depois da paragem forçada que antecedeu o jogo anterior. Por último uma palavra de confiança para o Bernardo que voltou a estar connosco e mostrou um grande controlo mental, ao não reagir a algumas acções de que foi alvo e que estiveram muito para além das regras.

Em seguida foi disputado o jogo em atraso que foi adiado por mútuo acordo pelos técnicos em prol da integridade física dos jovens praticantes, dado que no passado fim-de-semana o piso não oferecia as condições de segurança adequadas. Com o pavilhão preparado para a prática, os jogadores aproveitaram uma tarde de sol e durante 50 minutos encheram de brilho o pavilhão de Almoçageme. Numa partida jogada a um ritmo elevado com contra-ataques e contra-golos sucessivos. Destaca-se o equilíbrio apresentado pelas duas jovens equipas, constituídas maioritariamente por jogadores que ainda são Minis e que nos deixam uma grande esperança e expectativa no que esta geração poderá fazer no futuro. O Benfica apresentou uma defesa agressiva com profundidade e com a bola como centro da sua atenção, o que para nós foi um desafio constante ao procurarmos superar o alinhamento da defesa e a criação de espaços. Neste jogo, destaco o regresso da Madalena marcando 4 golos, defendendo e oferecendo outros tantos, das combinações milimétricas entre o João Almeida, Costica Schipor, José Santos e Guilherme Alves que se assumiu como o melhor marcador do jogo. Por último, aquele que merece a estrela neste jogo, David Rosado.  Um jovem guarda-redes que tem vontade de aprender e que contra o Benfica mostrou o seu melhor, fez uma exibição segura com defesas dignas de um sénior,  com movimentos fluidos, com precisão e com uma técnica apurada.

No Domingo, em Almoçageme pelas 16h00 os Juniores receberam o Camões e ganharam por 26-21. Destaco o facto de terem acabado o jogo com somente uma advertência, ao contrário do adversário que somou 3 advertências e 3 exclusões. O Ruben Albuquerque destacou-se ao ser o melhor marcador com 8 golos.

Pelas 16h30, os Infantis começaram a sua partida com a equipa B do Sporting, um adversário superior que nos pressionou e ganhou uma vantagem confortável nos primeiros 10 minutos, o que se revelou suficiente para gerirem a vantagem. Andámos sempre à procura de nos encontrarmos com o golo mas nem sempre fomos felizes. Falhámos muitos passes que resultaram em contra-ataques do Sporting. Destaco o esforço dos nossos guarda-redes e as recuperações de bola do José Santos.  O Guilherme com 8 golos foi o melhor marcador do jogo. O Miguel Neves esteve presente com uma dezena de intervenções decisivas. Evitando golos que já eram dados como certos.

No sábado, foi adiado o jogo de Infantis com o Benfica "B", pois havia demasiada humidade no piso. Não querendo comprometer a integridade física dos jovens, foi acordado por unanimidade a re-agendamendo deste encontro para o próximo fim-de-semana.

Pelas 17h45 de domingo, os Juniores deslocaram-se a Setúbal para disputar o jogo com o Vitória. Acabaram por dividir os pontos num jogo em que o Márcio Correia foi o melhor marcador, com 13 golos.

Apesar de ser um campeonato regional da segunda divisão (e não vamos agora falar no porquê de aqui estarmos), julgo ser importante respeitar esta competição da mesma forma como se respeita uma competição nacional. Ora se exigimos uma boa imagem dos atletas, porque devem os árbitros subverter as regras a seu favor?

Os jogadores não podem ter a camisola por fora dos calções, mas o árbitro pode actuar de casaco de fato de treino e cachecol?

Que moralidade temos aqui? Como explicar isto quando um jovem atleta nos questionar o porquê desta dualidade? Vejamos então um excerto do regulamento:

17:3 Os árbitros são responsáveis por inspeccionar o terreno de jogo, as balizas, e as bolas antes do inicio do jogo; eles decidem que bolas serão utilizadas (Regra 1 e 3:1).

Os árbitros também observam a presença de ambas as equipas com os equipamentos apropriados. Eles conferem o boletim de jogo e o equipamento dos jogadores.

É verdade, é só isto que encontramos.  Mas, o bom senso não devia obrigar o árbitro a apresentar-se com o equipamento devido? O frio? Será justificação? Então e os jogadores não têm frio?

Porque também já experimentei o lado da arbitragem, sinto-me no direito de responder e aproveito para deixar algumas dicas aos mais jovens (e friorentos).

A solução é simples, fazer o mesmo que os jogadores. Deslocar-se pelo campo o mais próximo possível da bola mas sem perturbar os jogadores. Assim, além de activar a circulação sanguínea, tem ainda oportunidade de estar mais próximo da zona activa de jogo e não cometer erros de juízo porque estava a mais de 20 metros de distância. Aproveito ainda para aconselhar a distinção da realidade e ficção quando queremos justificar as nossas decisões. Porque a ficção científica é mais agradável quando acontece nos filmes.

Tiago Marques

O tão esperado arranque começou hoje, dia 17 de Fevereiro de 2011, no Pavilhão dos Púpilos do Exercito. Pelas 21h00, começou a nossa missão. Apresentámos o nosso sistema habitual. Tentámos imprimir um ritmo elevado mas ao mesmo tempo com um risco controlado. Características do jogo que nós queremos sempre apresentar. Um Andebol atractivo mas eficiente com recuperações de bola pro-activas. Anulámos algumas ameaças do nosso adversário com uma defesa que antecipava e previa as movimentações dos nossos oponentes. Uma palavra de incentivo para o João Nunes que apesar de não ser canhoto, prova que a vontade pode superar quase tudo, e para o Carlos que entrou de forma discreta mas jogou sem comprometer, intervindo sempre que era chamado. Os Púpilos conseguiram no final do da primeira parte aproximar o resultado fixando o resultado em 15-17. Na segunda parte, entrámos com uma atitude demasiado descontraída para as nossas aspirações. Uma acomodação estranha a um resultado que não era de todo confortável. Os Púpilos aproveitaram o nosso entorpecimento e com muito mérito equilibraram o jogo. Obrigando-nos a jogar com afinco e concentração para não comprometer as metas que traçámos e conseguimos dar a resposta adequada, com o Diogo Marques a conseguir finalizar com eficácia e uma excelente colaboração com o André Soares, e com os nossos laterais direitos que se esforçaram por cumprir o seu dever e ajudar a equipa. Pela metade da segunda parte tivemos um revés muito importante. Uma lesão obrigou o Eduardo a sair. Privados do nosso estratega, procurámos novas soluções.  Num jogo em que o Bruno e o Luís estavam menos eficazes do que o normal, foi necessário obter outras formas de chegar à baliza. O Tiago conseguiu assumir alguma dessa responsabilidade que foi partilhada com o André Coelho que carimbou neste jogo um regresso à confiança e aos golos. O João Alves fez um jogo tranquilo e assumindo as funções do Eduardo, por vezes acusou a falta de tempo de jogo neste posto e talvez a pressão do jogo mas conseguiu descobrir o trilho do golo o que o motivou para o resto do encontro. No final do jogo, devido à onda de lesões, menos eficácia do nosso ataque e algumas decisões erradas do árbitro, ficámos numa situação complicada com os Púpilos a tomarem a rédea do jogo e a conseguirem ficar em vantagem pela primeira vez. Demonstrámos uma concentração superior e encontrámo-nos novamente com o sucesso. Respondemos com firmeza às palavras de desencorajamento que nos chegaram da bancada por outros adversários,  mas que em nós tiveram efeito inverso. Demos um grito de revolta e conseguimos reaver aquilo que tinha sido nosso durante 48 minutos. Acabámos com uma vantagem de 3 golos, que pode ser curta mas valeu 3 pontos. O primeiro passo de algo...

Destaque neste jogo para o regresso do Leonardo à competição, sem ter brilhado foi o nosso pilar para a vitória.

A estreia nas competições regionais foi realizada pela equipa dos Infantis. Pelas 7h da manhã (meio ensonados) lá partiram os nossos pequenos e valentes atletas para disputarem um jogo com a equipa do Oriental, que tem vindo a crescer. Assim que começou o jogo confirmámos as nossas expectativas sobre a atitude do nosso adversário,  com uma oposição mais forte, com maior organização e transições rápidas. Começámos mal, com muitas bolas perdidas por faltas técnicas e remates disparatados. Aos 10 minutos de jogo conseguimos estabilizar a nossa performance e começámos a concretizar com maior confiança, muitas das vezes em situações de contra-ataque fruto do acerto das marcações individuais, que permitiram recuperar algumas bolas no meio-campo adversário. Ao intervalo tínhamos uma vantagem de dois golos. Na segunda parte o Oriental, motivado pela sua exibição criou ainda mais dificuldades ao nosso ataque. Responderam com um ataque muito eficaz e uma defesa mais segura e também menos profunda que tornou mais difícil a nossa finalização. No entanto conseguimos aguentar e com esforço e companheirismo trouxemos os 3 pontos para Almoçageme. Neste jogo há que destacar dois aspectos: o regresso da Catarina Neves à competições, e que regresso logo com 5 golos.  O outro foi a atitude e espírito de equipa do José Santos, com uma exibição discreta e eficaz conseguiu ser o nosso recuperador de bolas e ainda marcar 7 golos.

Ainda neste dia jogaram os Juniores, que arrecadaram uma vitória no reduto do Torrense. Esta vitória pode ter sido uma surpresa para os nossos adversários, não para nós! Destaco neste jogo o José Rodrigues, que obteve nada mais que 8 golos o que lhe valeu menção no quadro de melhores marcadores.

Os Juvenis entraram em campo na próxima 5ªfeira ante os Pupilos do Exército.

Começam amanhã os Campeonatos Regionais de Lisboa. Depois de termos marcado presença nas provas nacionais de acesso, onde recolhemos uma importante experiência para as seguintes competições. Em especial os Campeonatos Regionais. Numa situação normal, estas competições são caracterizadas pela regularidade do seu vencedor. No entanto, nas últimas edições lisboetas, têm sido disputados num sistema todos contra todos a uma só volta, para depois ser introduzido um torneio de encerramento a duas voltas, que satisfaz o intuito de preencher a lacuna que existe até ao final da época. Na minha opinião, esta organização dos campeonatos, deturpa um pouco a veracidade dos mesmos, dado que a seriação é realizada tendo como base as classificações obtidas aquando das provas nacionais. Sublinho alguns factores limitadores que esta opção tem. Começo por destacar a repetição dos mesmos adversários durante mais de metade da época. O que é pouco enriquecedor do ponto de vista pedagógico e mesmo social, pois está comprovado que a variabilidade de estímulos é benéfica ao desenvolvimento. Ora se enfrentarmos sempre os mesmos adversários, torna-se a competição num evento monótono que obriga a um esforço de inovação e reinvenção do jogo, para obter alguma satisfação do mesmo. Por outro lado, temos o prejuízo da vertente competitiva, ao limitar uma equipa a disputar uma divisão inferior, só porque na seriação efectuada no início da época ficou no último grupo. Tal como é do conhecimento geral, os escalões de formação são caracterizados por alguma instabilidade no que toca aos seus elementos. Entram novos praticantes com a mesma frequência com que saem, já para não falar da inconstância do nível de jogo ao longo da época. Tornando assim pouco gratificante o esforço dos atletas para se auto-superarem dado que estão limitados por aquilo que foram e por aquilo que fizeram, desvalorizando o seu trabalho.
Como tal, julgo ser necessário efectuar uma reflexão sobre o que queremos para o futuro. Qual será a melhor opção?

Esta semana enquanto, punha a secretaria em ordem, encontrei uma foto de um grupo de jovens que actualmente já são adultos. Ao vermos a fotografia temos a satisfação de termos mudado positivamente a vida destes jovens. Alguns tiveram sucesso no Andebol e continuam a sua carreira noutros clubes, houve também quem encontrasse o caminho do sucesso noutras modalidades e actividades culturais. No entanto, hoje, podemos afirmar que todos se encontram no bom caminho para serem cidadãos exemplares. Aproveito para felicitar todos os elementos desta foto e desejar que dentro de uns anos me encontre a repetir este feito com os actuais atletas.

Em cima da esquerda para a direita: Bruno Silvestre; João Gouveia; Ricardo Vicente; Pedro Paulo; Tiago Monteiro; João Corvacho e Bruno Barbosa.
Em baixo da esquerda para a direita: João Costa; Nélson Chicaro; Tiago Chança; Márcio Afonso; Bruno Noivo; Luís Ribeiro; Pedro Jorge e Pedro Dias.

Foi hoje de manhã, pelas 10h30 no Pavilhão de Almoçageme que começou a nova temporada dos Infantis. Um novo ciclo recheado de desafios e de momentos de aprendizagem que vão exigir o esforço dos nossos GRANDES pequenos jogadores. As competições são importantes momentos de convívio com outras equipas, onde iremos mostrar o nosso Andebol. Ao longo da época esperamos ter muito sucesso, por vezes alcançando a vitória, outras vezes com a satisfação de termos dado o nosso máximo, mas com uma constante em todos os jogos, o respeito por todos os intervenientes deste desporto.

No jogo que disputámos hoje, com o Ginásio Clube de Odivelas, apenas compareceram oito dos nossos fantásticos jogadores. Devido a dificuldades na inscrição na F.A.P. vimos ainda impedida a participação de três elementos (Catarina, Diogo e Francisco), esperamos que este problema seja prontamente resolvido. Quanto ao jogo, conseguimos aplicar com bastante sucesso, uma defesa HxH a partir do nosso meio-campo. Conseguimos antecipar por algumas vezes as intenções dos adversários o que nos valeu algumas intercepções que deram lugar a contra-ataques letais. No aspecto ofensivo, destaco a mobilidade dos nossos jogadores, com desmarcações constantes que provocaram algum desgaste nos nossos oito bravos jogadores. Na finalização, perdemos bastantes oportunidades claras de golo, pelo que será uma das áreas onde irei tentar desenvolver ainda mais as capacidades dos Infantis. Deste primeiro "teste" concluo que existe ainda muito trabalho a fazer com estes nossos aprendizes de andebolistas. Porém, julgo que temos uma boa base de trabalho.

Quero tambémdeixar umas palavras de agradecimento para os nossos adversários de hoje, que se bateram lealmente e revelaram ser um grupo com um nível semelhante ao nosso, o que se traduziu num empate (20-20), num jogo com momentos bastante agradáveis para quem aprecia a modalidade.

Por último, deixo a lista dos oito heróis de hoje: David Rosado; Francisco Grilo; Guilherme Alves; João Almeida; Madalena Silva; Pedro Correia; Fernando Soares; Miguel Neves.

Parabéns jovens! Estamos no bom caminho.

Está de volta o website BVA Andebol!!!

Após um período de afastamento a que fui "forçado" estou de regresso a esta instituição. A par do meu regresso volto também a reactivar este espaço. Onde colocarei algumas crónicas sobre as nossas equipas, os calendários e resultados actualizados.

A forma mais sensata no caminho da evolução é analisar o nosso progresso. Como treinadores sentimo-nos obrigados a fazê-lo constantemente. Mas como jogadores? Quantos jogadores já fizeram esta "auto-avaliação"? Simplesmente parar e pensar no que sabiam antes e o que sabem agora. Não falo necessariamente de realizarem uma retrospectiva do seu histórico como jogador desde que deram os "primeiros passos" no Andebol, mas sim de começar a pensar por partes. O que aprendi eu neste treino? E nesta semana? E no último mês? Ou mesmo nesta época?
Depois deste processo de recolha de informações, há agora que lhes dar um sentido, pensar sobre as mesmas. Extrair os pontos positivos e tentar entender a razão desses sucessos, e tentar encontrar razões para aqueles aspectos em que se sentem insatisfeitos. Como posso melhorar???
Na fase seguinte, deverão tentar traçar um objectivo e um plano para o concretizar. Aconselho que começem com pouco, coisas mais simples, por exemplo, Objectivo: "Quero melhorar a finalização de meia-distância!" - Plano: "Nos próximos treinos vou rematar mais dos 9m!".
Escolham os objectivos que sejam apelativos, desafiantes, mas também que sejam atingíveis, concretizáveis!
Estou convicto que ao olharem para vocês como jogadores, vão começar a entender melhor os sucessos e insucessos, vossos e dos vossos companheiros, tornando-os mais tolerantes para convosco e com os outros, sempre que os objectivos não são alcançados por completo. Valorizando os pequenos ganhos, os progressos que se registam e que contribuem para a vossa formação como jogadores.